domingo, 31 de maio de 2015

O diário de Kelly – “Instrumento de Deus”- 6ª parte

Hoje eu acordei curiosa e também ansiosa para chegar ao colégio e saber o desenrolar dos acontecimentos.
Até ontem eu não sabia o quanto era valioso os nossos princípios. Dizem que o sorriso é o espelho da alma. Se for, os nossos princípios são os espelhos do nosso caráter, por isso devemos sempre lutar contra tudo, contra todos, e até mesmo – se for preciso – contra nós, para que nossos princípios não possam vir de encontro ao nosso caráter.
Tudo que aprendi com esse humilde funcionário do nosso colégio serviu como aprendizado e isso vou levar comigo por toda a vida. Eu sempre tive minhas convicções e nelas me empenhei para que eu não fosse uma garota sem atitude e sem perspectiva de futuro. Também nunca fiquei inerte, talvez pelo fato de eu não aceitar que todos temos nossos próprios destinos. Pode ser talvez por eu querer construir o meu próprio destino.
Todos os dias, a todo o momento, eu desenho em minha mente meus sonhos, meus ideais.  É claro que nós jovens temos muitos sonhos e ideais, mais a princípio vou guardar a mensagem que aquele funcionário me passou com a sua atitude nobre. Na verdade essa mesma mensagem que ele me passou, eu já tinha lido em um blog, onde estava um trecho de Nelson Mandela: “nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo”. É como se o trecho tivesse sido feito para aquele funcionário ou no mínimo sido inspirado nele.
Sempre quando estou vindo para casa, eu pego uma carona com os pais da minha amiga Laura, mas hoje a Laura não pôde ir ao colégio, por motivos que ainda não descobri. Quem sabe amanhã quando ela for ao colégio eu pergunte à ela. Mas como moro perto do colégio, decidi vim caminhando. Quando eu estava passando em frente a uma igrejinha, que sempre que passo por ela eu peço proteção divina, percebi um homem sentado em frente à ela. Ele parecia muito triste e perdido, talvez ao contrário do humilde funcionário do colégio, ele estivesse sem esperança nenhuma de um mundo melhor.
Esse homem cuja a esperança em um mundo melhor não era lá essas coisas, vivia repetindo que Deus o abandonou e que se Deus existia realmente, ele nunca o encontrou. Diante daquele homem eu fiquei pasma, por presenciar algo que não estava acostumada. Naquele momento parece que Deus tocou o meu coração e me usou como seu instrumento para que eu fizesse algo por àquele homem.
Mas o que eu poderia fazer? Por qual razão ele me daria ouvido? Mas Deus é sábio, ele soube me conduzir e com toda aquela cumplicidade entre eu e Deus, eu me lembrei de um texto que a alguns dias atrás eu havia lido. Aí me coloquei diante daquele homem sem esperança e pedi a ele um minuto da sua atenção. Perguntei se ele acreditava em Deus e ele me respondeu fazendo a mesma pergunta, imediatamente respondi: como eu não acreditaria se estou diante de ti?
Ele ergueu a sua cabeça, olhando para mim disse: diga-me o que queres e depois vá. Aquelas palavras entraram pelos meus ouvidos, encorajando-me a ler o texto, que sem eu saber, que mudaria a vida dele. O nome do texto é A Procura e diz o seguinte:

“Deus!
Passei tanto tempo te procurando,
Olhava para o infinito e não te via.
Não sabia onde estavas e pensava comigo mesmo:
Será que tu existes mesmo?
Não me contentava na busca e prosseguia.
Tentava te encontrar nas religiões,
Tentava te encontrar nas igrejas,
mas tu não estavas.
Senti-me só, vazio, desesperado e descri.
Na descrença te ofendi.
Na ofensa tropecei.
No tropeço caí.
Na queda senti-me fraco.
Na fraqueza pedi socorro.
No socorro encontrei amigos.
Nos amigos encontrei carinho.
No carinho vi nascer o amor.
Com o amor vi um mundo novo.
No mundo novo resolvi viver.
O que recebi decidi doar.
Doando-me alguma coisa recebi.
Recebendo me senti feliz.
Feliz encontrei a paz.
Com a paz foi que enxerguei
Que dentro de mim é que estavas
E sem perceber eu te encontrei.”

Depois que li o texto a ele, ele levantou levemente a cabeça e olhando para os meus olhos balançou a cabeça e abaixou-a novamente. Naquele momento eu senti uma paz interior, um sentimento de felicidade que jamais havia sentido e, um sentimento de gratidão a Deus por ele ter me guiado até aquele homem, ter me feito seu instrumento de cura.
Por isso, sentindo-me orgulhosa e com o coração transbordando de alegria, deixo aqui uma mensagem a você, meu pequeno confidente, para que no futuro eu possa lembrar o porquê que eu sou como sou. A mensagem foi retirada do livro O Mensageiro:

“Não desanime, tenha fé!
Não se irrite, sorria!
Não critique, auxilie!
Não grite, converse!
Não acuse, ampare!
Não minta, mas fale a verdade!
Não pague o mal com o mal,
Mas sim com o perdão!
Não fale mal dos outros,
Mas tenha misericórdia!
Não condene o seu próximo,
Mas dê um pouco de calor humano!
Não olhe a riqueza do outro,
Seja satisfeito com aquilo que Deus te deu!
Não se desespere com os problemas,
Mas confie no Senhor!
Não olhe ao abismo, olhe para Cristo
Teu Salvador!
Pois quem confia será confortado.
Quem confessa será perdoado.
Quem crê em Deus será salvo!”

Essa mensagem não pertence a nenhuma religião específica, essa mensagem é para todos os filhos de Deus que como eu que não desanima e jamais perde a fé.
Boa noite meu diário, hoje eu durmo o sono dos justos e feliz por ter sido um instrumento de Deus e, que através dele eu possa ter colocado um pouco de fé e esperança em seu coração.

Cairê Barcelos

" PARANOIAS DOS MEUS PENSAMENTOS "

De vez em quando, eu me entrego tanto as minhas fantasias que chego acreditar que elas são reais. Talvez essa seja a forma que o meu subconsciente encontrou para fugir das armadilhas dos meus pensamentos, que insistem em me causar dor, pois vivem remexendo num passado onde falta cicatrizar a perda de um grande amor. Uma história como muitas vivida com muita intensidade, onde duas almas se encontraram para dar continuidade a um sentimento que por motivos desconhecidos,não puderam chegar ao clímax. Poucas vezes percebemos algum ato inconsciente que tomamos na nossa rotina, na verdade, são esses pequenos detalhes que nos fogem desapercebidos que mudam frequentemente o nosso amanhã, e em muitas vezes chegam a mudar o nosso traçado nos levando por direções contrarias. Talvez se ficássemos mais conectados com tudo a nossa volta, perceberíamos esses certos detalhes incomuns, porém, tudo que acontece ao nosso redor, são encobertos por situações adversas para nos confundir e passar desapercebidos pela nossa compreensão. Contudo, talvez seja por esse motivo que eu me entrego tanto as minhas fantasias, quem sabe seja a única forma encontrada para fugir, das paranoias dos meus pensamentos.




Autor: Caire Barcelos

segunda-feira, 25 de maio de 2015

" trecho retirado " O DIÁRIO DE KELLY ( A CONFIANÇA) parte l

 Sabe quando você tem um segredo, que não consegue falar nem pra você mesma, com medo que sua boca te traia, então se você não consegue confiar em você mesma, como vai cair na besteira de passar esse segredo adiante. É, mas eu passei. Sabe quando você ouve um está-lo dentro de você, tipo sexto sentido ou premonição, não sei se só os homens que sentem essas coisas ou as mulheres também, só sei que senti algo parecido tão forte quanto, mas já era tarde demais. Aí você passa à se perguntar: Será que eu fiz a coisa certa? ou será que eu me precipitei? Talvez as vezes, você precise confiar em alguém além de você mesma, só precisamos saber em quem confiar e quem é digno de sua confiança.

 Por hoje, encerro as atividades desse meu pequeno diário, um pouco triste, mas confiante que amanhã, será um novo dia, e hoje fará parte do passado, e tudo que foi dito e ouvido espero que faça parte do mesmo.



Autor: Cairê barcelos

sexta-feira, 15 de maio de 2015

" DESAMOR "

Não tenha dó em me maltratar, pois já estou acostumado a sofrer por te amar. Me machuque, me magoe, fira os meus sentimentos por pura maldade e me ofenda de todas as maneiras que puder pisando sobre mim, como já fizestes outrora. Quando me ver passar, me ignore, e se mesmo assim eu ousar seguir em sua direção, dê uma grande gargalhada irônica e me deixe perceber olhando em meus olhos com os seus envenenados,que estás à sussurrar nos ouvidos alheios, que detestas, quando eu olho para ti. Mas, se todos esses sentimentos bons ainda não tiverem cessados, e por alguma insanidade emocional eu continuar te olhando com a mesma admiração, deixe jorrar de dentro da sua boca pecaminosa, toda a sua abominação. Contudo, se por todos esses motivos eu ainda estender-lhe as mãos, conduza-me até a sepultura que com o passar do tempo você me preparou, e que com o decorrer da nossa história aos poucos pedaços de mim enterrou, e com uma pá de cal enterre, os restos de um amor que o coração cultivou, na esperança da cura, deste teu desamor.



Autor: Cairê Barcelos